Líderes reagem a expansão de divisões femininas no ADCC
Líderes reagem a expansão de divisões femininas no ADCC
Essas alterações terão sua estréia nos ADCC Trials, que começam este ano, e irão fazer parte do formato do ADCC World Championship 2024.
O ADCC trouxe uma novidade à sua estrutura, quebrando uma tradição de 15 anos. Depois de muitos pedidos de atletas e treinadores, junto a anos de análise de seus organizadores, o ADCC decidiu incluir mais uma categoria de peso feminina. Anteriormente divididas entre -60kg e +60kg, atletas femininas agora integrarão uma das três novas divisões: -55kg, -65kg e +65kg.
A mudança chegou ao público por meio de uma declaração oficial feita no Instagram da organização. Essas alterações terão sua estréia nos ADCC Trials, que começam este ano, e irão fazer parte do formato do ADCC World Championship 2024.
A notícia movimentou a comunidade do Jiu-Jitsu, e a FloGrappling procurou os principais líderes de equipes do mundo para ouvir em primeira mão suas opiniões sobre a nova divisão e como a novidade afetará a escolha das atletas que irão integrar as novas categorias dos Trials. Confira!
André Galvão (Atos)
"A adição da nova categoria é muito boa. Era injusto para os pesos-galos. Muitas atletas boas não conseguiam lutar na sua melhor forma por conta da categoria, que aceitava quase 10kg de diferença entre força e peso. Com a nova categoria, teremos bons representantes com certeza."
Guilherme Mendes (AOJ)
"Acredito que as mulheres vem fazendo um trabalho incrível e merecem mais categorias no evento. Para o nosso time é excelente, temos diversas meninas nessa categoria. Duas atuais campeãs mundiais (Mayssa Bastos e Jessa Khan) e também temos a Shelby Murphey, que venceu o Mundial na faixa-marrom e pegou a faixa-preta. Isso sem falar nas gêmeas Mia e Ashlee Funegra, que vem conquistando tudo no juvenil e já treinam neste nível todos os dias."
Leonardo Vieira (CheckMat)
“Nós da Checkmat gostamos muito da nova categoria feminina do ADCC. Na verdade, já era algo há muito tempo esperado pelas competidoras e também pelos times, pois sempre foi uma desvantagem para as atletas mais leves. Isso sem falar nas muitas outras que ficavam de fora pela limitação de atletas da mesma equipe lutarem na mesma categoria. Com essa mudança, haverá novas oportunidades para as equipes e para as competidoras. É uma nova dinâmica que mudará os pódios futuros.”
Michael Langhi (Alliance)
“A Alliance apoia tudo que visa o crescimento do esporte. Acho super válida a nova categoria e é muito bacana ver as meninas mais leves se destacando, como a Brenda Larissa, que treinou comigo na Alliance, e também a Mayssa Bastos e a Thamires Aquino. São atletas muito técnicas, mas entendo a dificuldade que é lutar numa categoria de peso bem acima do que elas estão acostumadas. Vira quase um absoluto para elas. Essa categoria vem para somar e fomentar o Jiu-Jitsu cada vez mais, além de premiar essas meninas que fazem um excelente trabalho nas divisões mais leves. No recente Mundial tivemos lutas que foram muito bacanas de assistir nessas divisões. A nova divisão vem para o bem do esporte e para contemplar essa leva de atletas mais jovens. Estamos trabalhando algumas competidoras já de olho nesta nova categoria.”